Juiz vendeu ações após liberar explorações no Golfo

Documentos divulgados nesta sexta-feira pelo Departamento Administrativo dos Tribunais dos Estados Unidos mostraram que o juiz federal Martin Feldman vendeu ações da ExxonMobil na terça-feira, mesmo dia em que determinou a suspensão da moratória à perfuração de poços de petróleo em águas profundas no Golfo do México.

A ExxonMobil era uma das empresas que estavam utilizando plataformas de perfuração na região e cujas operações foram suspensas pela moratória, afirmou a porta-voz da companhia, Cynthia Bergman. De acordo com as leis norte-americanas, os juízes federais são obrigados a se afastar de casos em que possa haver conflitos de interesse.

Na quarta-feira, Feldman disse em uma carta enviada ao Departamento Administrativo que vendeu as ações da Exxon na terça-feira durante a abertura do mercado de ações e “antes da abertura da audiência relacionada ao caso da moratória”. A audiência, no entanto, ocorreu na segunda-feira.

Porta-vozes da Casa Branca e do Departamento de Interior dos EUA recusaram-se a comentar o assunto. Segundo os documentos, o juiz teria comprado menos de US$ 15 mil em ações da Exxon em dezembro de 2009.

Até o final de 2009, Feldman aparentemente não possuía ações de outras companhias afetadas pela proibição às perfurações no Golfo do México, de acordo com uma lista de bens do juiz e com um outro documento citando as companhias atingidas pela moratória, apresentado pela equipe do senador democrata Robert Menendez. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo