O ex-ditador do Egito, Hosni Mubarak, terá um julgamento rápido que será transmitido ao vivo pela TV estatal, informou neste domingo o juiz responsável pelo caso. O julgamento de Mubarak está marcado para começar na quarta-feira e será realizado em uma academia de polícia no subúrbio do Cairo

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Mubarack, seu chefe de segurança, Habib el-Adly, e seis outras autoridades policiais enfrentarão a possibilidade de pena de morte se forem considerados culpados por ordenarem o uso da força contra manifestantes durante os 18 dias de protestos no Egito. Cerca de 850 pessoas foram mortas durante esses protestos.

O julgamento público de Mubarack e de seus principais líderes é a principal reivindicação dos manifestantes que derrubaram seu regime. Demonstrações continuam a ocorrer nos finais de semana no Cairo, refletindo a urgência por um julgamento rápido para o governo deposto.

O juiz, Ahmed Rifaat, informou que 600 pessoas poderão assistir ao julgamento, incluindo advogados de defesa, familiares, familiares das vítimas e jornalistas. “É direito dos egípcios assegurar o que ocorrerá na corte”, afirmou Rifaat.

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Uma fonte próxima a Mubarak – hospitalizado desde abril, quando foi interrogado pela primeira vez – afirmou na semana passada que o advogado do ex-presidente dirá ao tribunal que ele está doente demais para poder comparecer ao julgamento. Se Mubarak se ausentar por doença, isso poderá irritar ainda mais os manifestantes que desejam um julgamento público.

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Boa parte dos egípcios considera que a doença de Mubarak e sua detenção em um hospital no balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, são parte de um complô dos militares que governam o país para evitar humilhar publicamente seu ex-comandante. Mubarak não foi transferido ainda para uma prisão do Cairo onde seus dois filhos e outras autoridades aguardam julgamento.

Manifestantes e os egípcios de modo geral acusam Mubarak, que governou o país por 30 anos, de liderar um sistema corrupto que adotava como rotina a tortura de pessoas presas e esmagava a oposição. Eles o culpam pela morte de cerca de 850 pessoas que tomaram parte no levante contra o regime. As informações são da Associated Press.