Um funcionário do Judiciário egípcio, que falou sob condição de anonimato, informou nesta quarta-feira (9) que quatro homens portadores do vírus HIV foram condenados por serem homossexuais. O funcionário disse que os homens ficarão presos por três anos e, em seguida, ficarão sob rígida supervisão policial por mais três. Segundo o funcionário, um quinto homem sem HIV foi também condenado e recebeu a mesma sentença.
O advogado de defesa dos cinco, Adel Ramadan, afirmou que o juiz condenou-os por "prática habitual de libertinagem". O termo é usado no sistema legal egípcio para denominar atos homossexuais consensuais.
Mais de cem grupos de ativistas protestaram contra a decisão. Para estes, a condenação foi fruto da ignorância e do medo do HIV. Os ativistas acreditam ainda que isso poderia atrapalhar o esforço de prevenção da aids no Egito.
