Um juiz de instrução descartou por completo a tese segundo a qual a princesa Diana teria sido vítima de um complô dos serviços secretos britânicos a mando da família real. O magistrado Scott Baker, que conduz a investigação sobre a morte de Diana e de seu namorado, Dodi Al Fayed, disse não ter encontrado evidências de que o príncipe Philip, o MI-6 ou alguma outra agência do governo tenha relação com a morte do casal em uma violenta batida de carro em Paris em 1997.
Baker instruiu os jurados que eles têm a opção de determinar se Diana e Dodi morreram por conseqüência de um acidente ou se foi um caso de homicídio culposo. Para a segunda hipótese, os jurados precisariam levar em consideração se houve negligência dos paparazzi que perseguiam o casal ou do motorista Henri Paul, que também morreu no incidente. Eles também podem deixar o veredicto em aberto caso não tenham certeza quanto a eventuais culpados, prosseguiu o juiz.
"Não há evidência de que o Duque de Edimburgo (príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II) tenha ordenado a execução de Diana, assim como não há evidência de que o Serviço Secreto ou qualquer outra agência do governo o tenha organizado", declarou Baker. Ele explicou aos jurados não existe a opção de responsabilizar Philip ou o governo por envolvimento em alguma espécie de complô.
"Isso é terrível", declarou o milionário Mohamed Al Fayed, pai de Dodi, ao deixar a Corte Real de Justiça ao acusar o tribunal de ser tendencioso. Desde a tragédia, ocorrida em 31 de agosto de 1997, Mohamed Al Fayed acusa a família real britânica de estar por trás do episódio.