A Justiça do Paraguai arquivou um pedido de reconhecimento de paternidade contra o presidente Fernando Lugo, apresentada pela terceira mulher que afirmou ter tido um filho do ex-bispo católico. Damiana Hortensia Morán, de 40 anos, disse hoje que foi ao tribunal da cidade de Augusto Saldívar, mas acabou “surpreendida” com a notícia de que o processo foi arquivado no dia 18 de maio.
Ela esclareceu que, no início deste ano, retirou sua reclamação de pedido de reconhecimento de paternidade para seu filho, Juan Pablo de 2 anos, porque recebeu “indicações do presidente” de que ele não reconheceria seu filho. “Como não tive coragem e valentia de me encarregar de seu filho, reativei meu pedido solicitando que seja realizado o exame de DNA”, disse Moran. Ela disse que conheceu Lugo em 2006 quando era ativista da Pastoral Social da diocese de San Lorenzo, na periferia de Assunção.
Uma funcionária do tribunal de Cáceres disse que não poderia dar informações sobre o caso porque se trata de uma ação privada. Em declarações à emissora de rádio Primero de Marzo, Morán disse que não decidiu ainda se apelará da resolução de Cáceres. “Me dou conta de que a Justiça só quer favorecer o Presidente da República e não levou em conta os direitos do menino”.
Rodrigo Aguilar, advogado de Morán, afirmou à imprensa que o juiz Cáceres arquivou o processo afirmando que Morán pedira anteriormente a desistência do pedido “sem atender ao ditame do juizado de menores que recomendou a convocação de Morán para ratificar ou retificar seu pedido”.
Benigna Leguizamón, a segunda mulher que disse ter tido um filho de Lugo quando ele ainda era bispo da diocese de San Pedro, também retirou o pedido de reconhecimento de paternidade em fevereiro, supostamente por estar mentalmente “esgotada”. Por outro lado, Viviana Carrillo, de 27 anos, conseguiu em abril de 2009 que Lugo reconhecesse como seu filho o menino Guillermo Armindo, de 2 anos.