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Jovem curitibano relata momentos de pânico e filme de terror em Las Vegas

Momentos que mais pareciam um filme. Foi assim que definiu o curitibano Nicholas Marshall Micaloski, de 24 anos, sobre o ataque que matou mais de 50 pessoas e feriu outras 500 na principal avenida de Las Vegas, a Strip, na noite deste domingo (1º). Micaloski está viajando pelo país norte-americano e por muito pouco não foi até o festival de música country onde o massacre aconteceu. “Eu não sabia do festival. Quando cheguei, fiquei sabendo e fui trás de ingressos, porém estava tudo esgotado”, relata.

Sem poder ir ao show, o turista resolver passear próximo ao Mandalay Bay – hotel e cassino onde o autor dos disparos contra a multidão se escondeu – quando foi surpreendido por diversos policiais na rua e pessoas chorando e sangrando. Uma multidão gritava que havia alguém armado. “Então sai correndo junto com o pessoal e nos escondemos atrás de muretas”, conta o jovem, que ficou com receio de ser atingido por algum disparo de arma de fogo durante a confusão. “Os policiais ficaram atrás dos carros, igual em filmes. Nessa hora, pensei que poderia haver algum tiroteio. Vários policiais pularam a grade de proteção da calçada para a rua, com diversas armas e foram verificar o cassino”.

Na manhã desta segunda-feira (2), o clima em Las Vegas, apesar do susto na noite anterior, já era de tranquilidade, assinala o curitibano. Ele mesmo, observa, estava mais calmo depois de tudo o que viu. “O policiamento aqui é muito bom. Todos com armas grandes e táticas bem feitas”, reforça.

O jovem ainda deve permanecer mais alguns dias na cidade. Ele pondera que o ataque não deve afetar seus planos de retornar novamente aos Estados Unidos. “Eu achei muito triste porque só vemos na TV, mas isso acontece em vários lugares do mundo”, define.

Maior massacre

O ataque ocorrido em Las Vegas neste domingo teve o maior número de vítimas na história dos Estados Unidos. O caso superou o atentado de 2016 em uma casa noturna em Orlando, no estado da Flórida. Na ocasião, um atirador, que alegou ter ligações com a organização terrorista Estado Islâmico, matou 49 pessoas.

Stephen Paddock, de 64 anos, se hospedou em um hotel de frente para o local onde ocorreu o festival de música e abriu fogo contra a multidão, da janela de seu apartamento, no 32º andar do Mandalay Bay. Ele foi encontrado morto em seguida. A suspeita é que o homem tenha se matado antes da chegada da polícia.

Segundo a polícia americana, o processo de identificação dos corpos deve ser demorado. O Itamaraty afirmou que não há informações sobre brasileiros entre as vítimas.

O Estado Islâmico chegou a reivindicar a autoria do atentado, alegando que Paddock era um “soldado” convertido ao islamismo. O FBI informou, no entanto, que não há evidências de ligação do atirador com grupos terroristas internacionais.

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