Jornalistas estrangeiros são detidos na Venezuela

Pelo menos 41 pessoas, incluindo jornalistas estrangeiros, foram presas ontem em Caracas, na Venezuela, quando forças de segurança enfrentaram manifestantes contrários ao governo. As forças de segurança utilizaram canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que eram liderados por estudantes. Em resposta, encapuzados levantaram barricadas e responderam lançando pedras e coquetéis molotov.

De acordo com números do próprio governo de Nicolás Maduro, 18 pessoas morreram em três semanas de protestos no país. Sem sinais de avanço na crise política, o governo dos Estados Unidos pediu que Maduro converse com os manifestantes.

“Eles precisam ter um diálogo, unir as pessoas e resolver seus problemas”, disse em Washington o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que também criticou “as prisões e a violência nas ruas”. Kerry disse ainda que os Estados Unidos estavam trabalhando com a Colômbia e outros países para reforçar os esforços de mediação.

Maduro, por sua vez, rotulou os protestos que começaram em 4 de fevereiro como uma tentativa de “golpe”. Ele diz que os líderes da oposição radical se uniram a estudantes para derrubar o governo.

Oito dos detidos pelas forças de segurança são, de acordo com a TV estatal VTV, estrangeiros ligados ao terrorismo internacional. A associação venezuelana de jornalismo SNTP disse que um dos estrangeiros é o repórter free lance Andrew Rosati, que escreve para o Miami Herald. Rosati foi detido por meia hora e liberado após ser “atingido no rosto e no abdômen” por forças de segurança, informou a SNTP pelo Twitter.

A associação também disse que a fotógrafa italiana Francesca Commissari, que trabalha para o jornal local El Nacional, havia sido presa. Oficiais do governo não deram informações ou detalhes sobre a prisão de estrangeiros. Fonte: Dow Jones Newswires

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