A jornalista da rede de TV France 24, Sonia Dridi, buscou a polícia egípcia ontem (20) para registrar um boletim de ocorrência em que alega ter sido abusada sexualmente após uma manifestação na praça Tahrir, na capital egípcia.
De acordo com a emissora, os homens cercaram a repórter por volta das 10h30 e começaram a empurrá-la e pegar em seu corpo. Ela havia acabado de ter terminar uma gravação sobre uma manifestação que protagonizou os protestos que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak.
“Eu estava acompanhada da minha equipe, então não senti que eu estava em perigo”, afirmou a repórter em uma entrevista à própria emissora. Ela diz que o ambiente ficou tenso após a gravação do boletim.
“A multidão nos cercou… A maioria era de jovens, mas não só. Eles começaram a me tocar e eu me juntei a meus colegas, que tentaram me tranquilizar e atrair minha atenção para que pudéssemos sair dali o mais rápido o possível”.
Depois de alguns momentos de tensão, o correspondente da emissora no país, Ashraf Khalil, conseguiu resgatar a repórter do meio da multidão.
Em um comunicado oficial, a emissora informou que os jornalistas estão seguros e passam bem. A France 24 condenou os “repetidos atos de violência contra jornalistas, que devem ter condições para trabalhar livres em quaisquer lugares do mundo”.