A Jordânia está fazendo circular pelas Nações Unidas nesta terça-feira uma resolução que pede um cessar-fogo de longa duração na Faixa de Gaza e condena “todo o tipo de violência e hostilidades contra civis”. A nova embaixadora do país para a ONU, Dina Kawar, afirmou que o texto, apoiado por Palestinos e pelas nações árabes, será apresentado ao Conselho de Segurança de forma que possa ser votado.
Segundo Kawar, a Jordânia está “muito feliz” com a trégua de 72 horas anunciada no fim da tarde desta segunda-feira. Para a embaixadora, o principal propósito da resolução é fazer com que a interrupção das hostilidades seja permanente e permitir a retomada das negociações entre Israel e a Palestina.
“Nós estamos fazendo consultas com todos os membros do conselho e esperamos que possamos finalizar um projeto nos próximos dias”, disse Kawar. O texto pede apoio à iniciativa de cessar-fogo proposta pelo Egito e sugere a abertura dos postos de controle da Faixa de Gaza. A resolução também pede que a ONU implante um “mecanismo” de monitoramento de tréguas e acuse suas violações.
Na proposta, os países árabes se dizem “gravemente preocupados” com as mortes e retiradas de civis em Gaza. Eles querem a proteção dos civis, o fim das retaliações militares e a punição coletiva do uso excessivo da força contra a população palestina.
A resolução deve enfrentar a oposição dos Estados Unidos, nação que tem poder de voto contra as decisões do conselho.
Em uma carta aberta ao Conselho de Segurança, a Federação Internacional para os Direitos Humanos condenou nesta terça-feira o lançamento de foguetes contra Israel, mas afirmou que a resposta israelense aos ataques constituiu crime de guerra e pode ser enquadrado como crime contra a humanidade.
A Federação pediu que o conselho adote resoluções apoiando o envio de uma “força de intervenção internacional” para dar um fim à crise humanitária e garantir a proteção dos civis em Gaza. Para a organização, o texto também deveria apoiar investigações tanto de Palestinos como de israelenses para apurar as acusações de violação dos Direitos Humanos. Fonte: Associated Press.