Em nome do governo federal, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, prestou “tributo especial” aos militares brasileiros mortos no terremoto do Haiti – ao menos 11 -, onde estavam a serviço da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

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“Eles carregavam em seus corações um pouco do amor e da compaixão semeada por D. Zilda Arns, mulher exemplar que teve sua vida também ceifada neste triste acontecimento”, lembrou o ministro.

Médica, coordenadora internacional da Pastoral da Criança e pioneira de programas de segurança alimentar no Brasil, Zilda Arns estava atuava no Haiti em articulação com a missão brasileira.

Por meio de nota divulgada na escala que fez em Boa Vista (RR) a caminho de Porto Príncipe, capital haitiana, Jobim também manifestou “a solidariedade e o calor” do povo brasileiro “aos irmãos haitianos”.

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Segundo Jobim, ela exercia um tipo de sacerdócio “que contagiou e mobilizou multidões”. “Ela tinha em comum com os militares brasileiros da Missão de Paz da ONU, em seus últimos momentos, a voluntariedade na dedicação à tarefa”, destacou o ministro.

“Ali, ninguém estava obrigado, mas movido pelo interesse no crescimento pessoal, trazido pelas novas experiências e, especialmente, pelo esforço solidário para tornar o mundo melhor e mais seguro para os seus semelhantes.”

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O Brasil mantém atualmente no país 1.266 militares na missão no Haiti, dos quais 250 são da área de engenharia do Exército. Os militares brasileiros já tiveram participação no socorro às vítimas dos furacões que atingiram o país em 2004 e 2008.

Os militares brasileiros atravessaram a madrugada em trabalhos de resgate de vítimas soterradas. Uma das instalações atingidas, denominada Ponto Forte 22, próximo ao bairro Cite Soleil, desabou completamente. Alguns brasileiros que estavam no local continuam desaparecidos.