Japão vai rever em 2012 área de exclusão perto de usina

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse hoje que seu governo irá determinar no início do ano que vem se as pessoas retiradas do entorno da usina Daiichi, em Fukushima, podem voltar para casa, informou a agência de notícias Kyodo. Já que a Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina Daiichi, em Fukushima, prevê que deve estabilizar a usina em um período entre seis e nove meses, Kan disse que “nós poderemos ver uma certa condição estável no início do ano que vem, se o trabalho de restauração for como previsto”.

“A partir daí nós determinaremos se as pessoas retiradas podem voltar para casa, levando em consideração os resultados monitorados”, afirmou Kan durante um encontro em Kazo, na região de Saitama, onde estão abrigadas algumas pessoas que viviam perto da usina Daiichi.

A Tepco divulgou os prazos para estabilizar a usina em entrevista coletiva realizada em meados de abril. Hoje a empresa anunciou em entrevista coletiva que adotará medidas para melhorar as condições de vida dos quase 200 trabalhadores que atuam na usina para controlar a crise.

A usina Daiichi começou a apresentar problemas após um terremoto e um tsunami ocorridos em 11 de março, causando a pior crise nuclear da história do Japão. A Tepco anunciou que os trabalhadores terão acesso a refeições mais frescas e banhos mais frequentes, para se evitar qualquer problema e manter elevado o moral dos trabalhadores.

Funcionários da Tepco anunciaram também que o trabalho para instalar a seção primária do sistema permanente de resfriamento do reator número 1 da usina começará em 16 de maio. Essa será a primeira vez que os trabalhadores entrarão no prédio desde 11 de março, quando quatro dos seis reatores apresentaram problemas por causa do terremoto de magnitude 9,0 e do violento tsunami.

O restabelecimento da refrigeração é um passo fundamental no plano da Tepco para acabar com a crise na usina. Em 9 de maio, a empresa começará uma operação para limpar o ar no prédio, usando ventiladores equipados com filtros especiais. O trabalho na segunda seção do sistema de refrigeração, que ficará localizado na parte de fora do prédio do reator, começa em 8 de maio. A companhia pretende instalar sistemas similares nos outros reatores danificados.

Começando já no início de maio, os trabalhadores receberão comida fresca. Logo após o 11 de março, os problemas para conseguir comida na área levaram funcionários a sobreviver com uma dieta de comida congelada e bolachas. A moradia para eles também melhorará, com camas mais confortáveis. Nas próximas semanas, serão construídas casas pré-fabricadas para mais de 220 trabalhadores.

Um graduado assessor do presidente japonês, Goshi Hosono, disse esperar que isso ajude os trabalhadores na “dura tarefa” pela frente. Segundo ele, a meta por ora vinha sendo conter o acidente, e além disso as condições difíceis atrapalhavam o processo de melhoria das condições para os empregados. As informações são da Dow Jones.

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