O governo japonês iniciará uma nova estratégia de crescimento econômico em junho de 2014 para “avançar ainda mais nas reformas estruturais”, afirmou o primeiro-ministro, Shinzo Abe, em entrevista ao jornal The Nikkei nesta quarta-feira.

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O plano, segundo Abe, será centrado nas áreas de emprego, agricultura e saúde. O novo impulso para o crescimento do Japão procurará ainda mobilizar a população feminina, que o premiê chamou de “maior potencial latente do Japão”. “Eu quero fazer todos os esforços para atrair a energia das mulheres ao máximo” disse. Outros elementos chave para a nova estratégia podem incluir o afrouxamento das restrições aos horário de trabalho e à agricultura.

Empresa e investidores estão atentas para ver se o governo pretende efetivamente reduzir a taxa de impostos sobre rendimentos. A fiscalização conservadora do Ministério das Finanças, bem como a política fiscal nas mão do Partido Liberal Democrático de Abe podem recear seguir esse caminho. Mas o primeiro-ministro indicou uma vontade de considerar um corte de impostos, argumentando “que a competitividade é importante em uma economia global”.

Diante dessa possibilidade em 2014, a taxa efetiva máxima de imposto para empresas com sede em Tóquio cairia dos atuais 38,01% para 35,64%.

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O premiê discutirá as perspectivas financeira e econômica nesta quinta-feira com o presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda. Kuroda disse que o BoJ “vai fazer ajustes sem hesitação diante dos riscos que eles podem apresentar”, sugerindo que está disposto a reforçar a flexibilização da política monetária, se necessário. O primeiro-ministro considerou a postura como “muito encorajadora”.

Abe deixou claro que não vai apressar o julgamento sobre a possibilidade de elevar o imposto de consumo para 10% em outubro de 2015. A primeira etapa do aumento de impostos, de 5% a 8%, está programado para o próximo abril.

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“Se perdermos essa chance de evitar a deflação, também não teremos o crescimento econômico”, afirmou. O premiê acrescentou que observará se a economia japonesa manterá a recuperação em seu ritmo atual ao longo do terceiro trimestre do próximo ano, após o aumento de impostos inicial. Fonte: Dow Jones.