A companhia Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina nuclear Daiichi, em Fukushima, no Japão, começou hoje uma ação preventiva contra eventuais explosões nos reatores. Técnicos vão injetar nitrogênio em um dos reatores danificados para ajudar a manter a pressão dentro da estrutura e evitar o risco de uma explosão causada por hidrogênio.

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Segundo a Tepco, há sinais de acúmulo de hidrogênio no reator número 1. A companhia explicou que uma explosão de hidrogênio danificaria a estrutura do reator, causando um vazamento de grande quantidade de material radioativo. O porta-voz da Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão, Hidehiko Nishiyama, disse que não há risco imediato de uma explosão do tipo. Segundo ele, estão sendo tomadas precauções necessárias para se evitar tal risco.

Como os sistemas de resfriamento foram danificados pelo terremoto e pelo tsunami de março, a Tepco passou a usar água do mar para manter as temperaturas dos reatores sob controle. No entanto, o reator 1 está com temperaturas mais elevadas que os de número 2 e 3 nestas últimas semanas. Isso está acontecendo, em parte, porque a companhia não consegue bombear água suficiente, por um problema não especificado em suas tubulações.

A Tepco ainda anunciou hoje progressos no esforço para drenar água contaminada, que atrapalha o trabalho de reparo nos sistemas de refrigeração. O descarte no oceano de 11.500 toneladas de água pouco radioativa foi concluído nesta manhã, abrindo caminho para que o tanque em que esta água estava possa receber água mais tóxica do reator 2. A Tepco também informou que um gel similar a um adesivo foi colocado em estruturas desse reator, impedindo o vazamento de água tóxica.

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Isolamento

Hoje também, o principal porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, disse que Tóquio está consultando especialistas para determinar se revisa os critérios para isolamento da área no entorno da usina Daiichi. Com essa revisão, podem ser levados em conta, por exemplo, critérios como idade.

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Segundo a agência de notícias Kyodo, funcionários da Prefeitura de Iitatemura, em Fukushima, recomendaram que as grávidas e crianças com menos de 3 anos deixem a cidade. O governo japonês determinou que a área no raio de até 20 quilômetros da usina seja esvaziada, e recomendou que as pessoas na área entre 20 e 30 quilômetros evitem deixar suas casas.

Parte de Iitatemura fica na área entre 20 e 30 quilômetros da usina Daiichi, mas ela não está na área que deve ser esvaziada. Nos últimos dias, foram detectados níveis de radiação relativamente altos nessa cidade. As informações são da Dow Jones.