Tóquio – O Japão descartou hoje a possibilidade de modificar seus costumes alimentares e afirmou que continuará consumindo atum rosado, após o alerta lançado na quarta-feira pelo jornal The New York Times sobre a alta taxa de mercúrio no peixe cru, ingrediente do sushi, mais famoso prato japonês.
O Ministério da Saúde local divulgou hoje algumas declarações segundo as quais o consumo do pescado cru não constitui, em geral, um perigo para a saúde de uma pessoa adulta.
Assim mesmo o ministério aconselhou que mulheres grávidas reduzam a quantidade do alimento em sua dieta, quantificando-a em 80 gramas, ou seja, 5 sushis, por semana.
Na quarta-feira o jornal norte-americano, com opiniões de alguns médicos, afirmou que o consumo regular de dois ou três sushis por semana representa um risco para a saúde das pessoas.
A agência de pesca japonesa, por sua vez, declarou que a taxa de mercúrio encontrada no atum não ultrapassa 0,68 ppm e, portanto, não é preocupante.
Junichi Kowaka, diretor de um grupo de defesa dos consumidores, geralmente crítico ao Governo, declarou hoje que "até agora nenhum problema de saúde associado ao consumo de atum foi detectado, se constatarmos efeitos nocivos sobre os consumidores, será outra história".
Segundo Kowaka, as normas de segurança alimentares no Japão, cuja culinária é baseada principalmente no uso de peixes, ainda são apropriadas.