Mais de nove meses após o início do pior acidente nuclear da história do Japão, o governo declarou nesta sexta-feira que a usina Daiichi, em Fukushima, está estável. A notícia é um marco para o controle da catástrofe.

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O anúncio significa que o governo e a operadora da usina Tokyo Electric Power (Tepco) concluíram que os reatores da usina podem ser mantidos refrigerados em segurança, dessa maneira interrompendo as emissões de materiais radioativos no ambiente.

O primeiro-ministro Yoshihiko Noda afirmou que, no atual estágio, a segurança da usina “pode ser assegurada”. “O acidente em si terminou, e o governo pediu que comece o processo de desativação.”

Falando em entrevista coletiva, Noda anunciou que o governo revisará as ordens de retirada de suas casas que ainda vigoram para cerca de 80 mil pessoas. Segundo ele, o governo está pronto para gastar mais que 1 trilhão de ienes para descontaminar as áreas no entorno da usina.

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Cientistas dizem, porém, que demorará décadas para a retirada do combustível nuclear, se desativar as unidades e acabar com a contaminação no local. “A crise de Fukushima é um grande desafio para toda a humanidade”, afirmou Noda.

Até 140 mil pessoas receberam ordens para deixar suas casas ou evitar deixá-las por um período longo, durante o auge da crise. Ao limpar a área, o governo espera reconstruir a economia local e então determinar o pagamento de indenizações. Pesquisas mostram que 30% dos moradores não pretendem voltar a suas casas, mesmo após a declaração de que elas podem ser novamente habitadas. As informações são da Dow Jones.

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