O parlamento do Japão passou hoje uma lei permitindo que o imperador Akihito se torne o primeiro monarca do país a abdicar do trono em 200 anos, mas adiou um debate sobre como lidar com a diminuição da realeza e sobre a permissão para que mulheres ascendam ao trono.

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Em agosto do ano passado, o imperador de 83 anos manifestou o desejo de renunciar, citando sua saúde frágil e idade avançada. De acordo com a legislação promulgada hoje, a abdicação deve ocorrer dentro de três anos.

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As atuais regras de sucessão permitem que apenas homens de uma linhagem paterna ascendam ao Trono de Crisântemo, de dois mil anos. Mulheres são obrigadas a renunciar de seus status reais caso casem com plebeus.

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O governo conservador do primeiro-ministro Shinzo Abe apoia a sucessão exlusivamente masculina. O filho de Akihito, o príncipe Naruhito, de 57 anos, é o próximo na linha sucessória.

Naruhito tem apenas uma filha, e seu irmão mais novo, o príncipe Akishino, tem duas filhas adultas e um menino de 10 anos, Hisahito. Isso significa que apenas um dos quatro netos do imperador são elegíveis ao trono.

Após o nascimento da filha de Naruhito, um painel do governo discutiu a possibilidade de se permitir uma ascensão feminina, mas o debate foi ofuscado pelo nascimento de Hisahito.

A lei de abdicação vale apenas para Akihito e expira em três anos, para evitar expor futuros monarcas ao risco de uma abdicação forçada oriunda de manipulação política.

A imprensa japonesa disse que as autoridades estão considerando a abdicação de Akihito para o final de 2018, quando ele completar 30 anos como imperador, mas nenhuma data foi anunciada ainda. Fonte: Associated Press.