Equipes de resgate lutavam hoje contra os fortes ventos e o mal-estar causado pela altitude enquanto tentavam salvar mais vítimas do terremoto da manhã de ontem (horário local) no oeste da China. Enquanto isso, sobreviventes estavam em barracas improvisadas, apesar das baixas temperaturas, temendo novos tremores. Mais de 600 pessoas morreram e 9 mil ficaram feridas no terremoto de 6,9 graus, ocorrido em uma área tibetana montanhosa do país. Cerca de 15 mil casas ruíram.
“Nós vimos muitos corpos e agora as equipes estão tentando lidar com eles. Os corpos estão empilhados como uma montanha”, contou Dawa Cairen, um tibetano que trabalha no grupo cristão Amity Foundation e ajudava nos resgates. “É possível ver muito sangue. Está fluindo como se fosse um rio.”
Diversas escolas ruíram, e as equipes tentavam salvar pessoas nessas áreas. A agência estatal Xinhua informou que um funcionário local do setor de educação disse que 66 crianças e dez professores morreram, a maioria deles em três escolas.
Hoje, mais de 10 mil soldados, policiais, bombeiros e funcionários do setor médico seguiram para o condado de Yushu, onde fica a cidade de Jiegu, disse Zou Ming, diretor de operações após desastres do Ministério da Casa Civil.
Zou afirmou que 617 pessoas morreram no terremoto e outras 313 estão desaparecidas, além dos mais de 9.100 feridos. O primeiro-ministro Wen Jiabao chegou na tarde de hoje a Yushu para checar os trabalhos e se encontrar com sobreviventes. Já o presidente Hu Jintao encurtou uma viagem pela América Latina a fim de retornar mais rápido ao país.