O Ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje em Santos (SP) que o Itamaraty está ajudando e trabalhando com a família e com os advogados da adolescente brasileira de 14 anos condenada à prisão nos Emirados Árabes por ter feito sexo com um paquistanês. A menina, a mãe brasileira e o padrasto alemão moram há cerca de um ano em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, país que considera ilegais as relações sexuais consensuais fora do casamento.
Amorim argumentou que a diplomacia brasileira tem convicção de que tem que ajudar a resolver a situação “mas de maneira discreta”. “De acordo com a nossa lei, (ela) é uma criança e de acordo com o estatuto internacional da criança, ela é uma criança de 14 anos”, analisou. “Agora também é uma questão que envolve a justiça de um outro país, então não é uma questão que nós possamos interferir de uma forma que cause resistência”, acrescentou o ministro.
Questionado se considera a pena aplicada à adolescente severa, o ministro limitou-se a dizer que “é uma criança, você quer que eu diga mais que isso?”. “Invés de ficar dando opinião sobre a justiça dos outros países eu prefiro agir de maneira mais eficaz, e para ser eficaz tem que ser discreto”, completou.