Itamaraty ainda espera cooperação da Coreia do Norte

O Itamaraty informou que o Brasil continua preocupado com o desrespeito aos direitos humanos por parte do governo da Coreia do Norte, embora ainda acredite que a pressão internacional possa fazer com que o país mude sua postura até a próxima semana, levando-o a colaborar com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Na semana que vem deverá ser votada pela ONU uma resolução que amplia o mandato de um relator especial nomeado para investigar a violação dos direitos humanos na Coreia do Norte. No ano passado, o Brasil não quis votar uma resolução que condenou o país asiático, sob o argumento de que os norte-coreanos ainda poderiam cooperar.

De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil sempre tem mostrado preocupação em relação aos direitos humanos no país asiático. Mas, alertou o Itamaraty, uma coisa é a situação dos direitos humanos, outra são as formas de pressionar e de punir. O Brasil, informou que sua diplomacia quer que os direitos humanos sejam respeitados pela Coreia, esperando sempre que as pressões a levem a mudar.

Por isso, disse o Itamaraty, ainda não dá para dizer qual será o voto do Brasil em relação à ampliação dos poderes do relator, visto que ainda há esperanças de que a Coreia mude. Em março do ano passado, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou resolução que condenou duramente as “graves violações” dos direitos humanos na Coreia do Norte. A mesma resolução exortou o governo ditatorial a rever a decisão de barrar as missões de inspeção da ONU. O texto foi adotado sem o endosso do Brasil, que se absteve na votação.

No ano passado, como agora, o Brasil preferiu evitar o confronto e dar uma chance à Coreia do Norte. Isso, mesmo depois da apresentação de um relatório que narrava atrocidades cometidas pelo regime. O resultado da ação, de acordo com o relatório, foram a fome, tortura e perseguição política aos opositores do regime.

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