Os italianos, fartos com a austeridade fiscal, vão às urnas neste domingo em eleições onde o partido de centro esquerda é o favorito, enquanto a Europa segura a respiração à espera de sinais de nova instabilidade no país. Milhões de pessoas votarão pela primeira vez desde que o magnata bilionário Silvio Berlusconi foi derrubado em 2011 e substituído pelo ex-comissário europeu Mario Monti, durante uma onda de pânico no mercado financeiro.
O vencedor mais provável é o Partido Democrata e seu líder Pier Luigi Bersani, mas analistas disseram que ele pode não conquistar uma maioria e precisar formar um governo de coalizão que poderia ser instável. Bersani prometeu manter a disciplina orçamentária de Monti, mas disse que fará mais pelo crescimento e o emprego, enquanto a Itália sofre sua maior recessão em 20 anos e desemprego recorde.
Berlusconi, que foi primeiro-ministro por três mandatos e é réu em dois processos por fraude fiscal, além de enfrentar acusações de ter feito sexo com uma prostituta menor de idade, poderá ficar em segundo lugar no voto.
De acordo com as pesquisas de opinião, um novo partido de protesto, liderado pelo ativista Beppe Grillo, que canalizou um crescente descontentamento social e raiva dos políticos tradicionais, poderá conquistar o terceiro lugar.
Os postos de votação fecharão às 18 horas (de Brasília) neste domingo e abrirão novamente para o segundo dia de eleição às 3 horas (de Brasília) na segunda-feira, sendo encerrada a votação às 11 horas (de Brasília). As informações são da Dow Jones.