Depois de apenas dois anos, os italianos preparam-se para escolher novamente seu governo. A instabilidade política da coalizão de centro-esquerda levou à queda do primeiro-ministro Romano Prodi e novas eleições foram convocadas.
Mas não só a população da Itália voltará às urnas. Antes da votação no país, nos dias 13 e 14, os italianos residentes no exterior, cerca de 3 milhões, terão a chance de escolher seus representantes. Desde 2006, uma lei aprovada pelo então primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, não apenas permite que os italianos que vivem fora do país votem, mas também que se candidatem a senador ou deputado.
Para isso, foram criadas quatro zonas eleitorais no exterior: América do Norte e Central; América do Sul; África, Ásia e Oceania; e Europa. Os cidadãos italianos que vivem nessas regiões e preenchem os requisitos da lei eleitoral da Itália podem candidatar-se.
Eles receberão os votos apenas dos eleitores da sua circunscrição. Ao todo, as zonas eleitorais no exterior elegerão 12 dos 630 deputados e 6 dos 315 senadores. A América do Sul terá 3 representantes na Câmara e 2 no Senado.
A possibilidade de eleger seus próprios representantes e, conseqüentemente, ter voz na Itália, foi vista pelos italianos no exterior como um reconhecimento de Roma de sua importância. Muitos foram forçados a emigrar durante a 2ª Guerra e sentiam-se desprezados e ignorados pelo país de origem.