O governo da Itália propôs arquivar indefinidamente a retomada do seu programa nuclear, após o desastre nuclear na usina japonesa de Daiichi, em Fukushima. Hoje, o governo apresentou uma emenda a uma legislação que está em debate no Senado, a qual suspende os projetos e as construções de novas usinas nucleares no país.
A emenda afirma que o governo estabelecerá uma nova estratégia para a energia. A estatal Enel (Ente Nazionale per L’Energia Elettrica) planejava construir quatro usinas nucleares em parceria com os franceses, a um investimento de 16 bilhões de euros.
Grupos de ambientalistas e parlamentares contrários ao uso da energia nuclear disseram que a emenda do governo tem como objetivo evitar que seja feito um referendo sobre o fim definitivo do uso da energia nuclear no país.
Em 1987, um referendo feito na Itália logo após o desastre nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, levou à rejeição do uso da energia nuclear. Em 1990, as quatro usinas nucleares existentes no país, Enrico Fermi, Caorso, Latina e Garigliano, foram fechadas. As informações são da Dow Jones.