Itália promete liberar mais 2,5 bilhões de euros à Líbia

Na sua primeira visita à Líbia desde o fim do regime de Muamar Kadafi, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, disse nesta sexta-feira que o governo de Roma está pronto a liberar ? 2,5 bilhões (US$ 3,4 bilhões) em ativos líbios congelados para ajudar na reconstrução do país magrebino.

Frattini disse que a Itália tem a autorização para liberar o dinheiro para projetos de urgência na Líbia, para auxiliar o governo do Conselho Nacional de transição (CNT) que continua a lutar contra partidários remanescentes de Kadafi em três frentes.

A Itália enviou uma equipe de especialistas a Tripoli para discutirem como o dinheiro que for descongelado poderá ajudar melhor o novo governo líbio.

O primeiro-ministro interino líbio, Mahmoud Jibril, pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que retire sanções que foram impostas sobre o regime de Kadafi e permita a liberação de bilhões de dólares congelados. Alguns países, como a Itália, obtiveram aprovação para liberar dinheiro ao CNT sob uma base limitada.

“A decisão foi tomada e a autorização já existe” disse Frattini, em coletiva de imprensa com Jibril. “Agora, após o pedido dos nossos amigos líbios, somos capazes de mobilizar o dinheiro para projetos urgentes”.

Itália e Líbia dividem uma longa e complicada história. Há apenas pouco mais de um ano, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi recebeu Kadafi com um suntuoso banquete em Roma. Berlusconi chamou Kadafi de “amigo”. Mas neste ano, após a guerra civil líbia ter estourado em fevereiro, a Itália passou a apoiar os insurgentes líbios em Benghazi contra Kadafi, mais tarde se juntando às operações de bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) contra as forças do ex-governante.

A Itália foi a metrópole colonial da Líbia entre 1911 e 1943. A partir da década de 1950, os países viraram parceiros comerciais, com a Líbia fornecendo grande parte do petróleo refinado na Itália. A petrolífera italiana Eni opera na Líbia desde 1959 e é a maior petrolífera estrangeira no país do Magreb. Antes da guerra civil, a Eni produzia 273 mil barris diários de petróleo na Líbia.

As informações são da Associated Press.

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