Itália não participará de ação ofensiva dos EUA na Líbia

A permissão para os Estados Unidos realizarem voos de drones armados a partir de bases aéreas italianas em operações contra o Estado Islâmico na Líbia não é o passo inicial para a Itália apoiar uma ação militar em território líbio, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, nesta terça-feira.

A declaração é dada após o Wall Street Journal revelar que autoridades dos EUA disseram que houve tentativas de persuadir o governo italiano a permitir que os drones sejam usados para ações ofensivas, como a realizada pelos EUA na sexta-feira contra o campo de treinamento próximo de Sabratha, na Líbia, que tinha como alvo um graduado membro do Estado Islâmico oriundo da Tunísia.

As autoridades revelaram que, desde o mês passado, os italianos têm concordado com os aviões não tripulados, sediados na estação naval aérea de Sigonella, na ilha da Sicília, em missões defensivas para proteger as operações especiais dos EUA na Líbia e em outros locais.

O Ministério da Defesa italiano dará autorização caso a caso e disse que não há necessidade de aval específico do Parlamento para o uso de bases militares na Itália, disse Gentiloni durante visita a Istambul, segundo o porta-voz do ministério. “É uma cooperação voltada para operações de defesa”, afirmou o ministro, acrescentando que o uso de drones não se limita à Líbia, mas inclui operações antiterror em geral na região.

Há negociações em andamento na Líbia para a formação de um governo de união. Os drones estão na base italiana desde 2011, mas até o mês passado eram usados apenas para fins de vigilância. Fonte: Dow Jones Newswires.

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