A polícia italiana realizou nesta segunda-feira várias operações ao redor do país contra supostos anarquistas e extremistas de esquerda, após os protestos realizados no final de semana em Roma que levaram à detenção de pelo menos 12 manifestantes na capital. O governo declarou hoje que os 12 detidos, todos com menos de 30 anos, se arriscam a serem condenados a sentenças entre 3 anos e 15 anos de prisão. Eles ainda não foram formalmente denunciados.
Os 12 detidos, três das quais são mulheres, são acusados de terem respondido com violência à polícia. Segundo a agência Ansa, outras 6 pessoas foram detidas em Florença. Dos detidos em Roma, todos são italianos da capital ou do sul do país. Apenas um detido é estrangeiro e natural da Romênia. Os tumultos ocorreram no sábado quando milhares de pessoas tentaram fazer uma manifestação pacífica contra a crise econômica e o sistema financeiro, numa versão local do movimento “Ocupe Wall Street” que acontece nos EUA e no Canadá.
Em Roma, manifestantes destruíram vitrines e caixas automáticos, saquearam lojas e também depredaram o transporte público. Muitos manifestantes agiram mascarados.
O subsecretário do Ministério do Interior, Alfredo Mantovano, disse que as operações policiais de hoje tinham em vista suspeitos da extrema esquerda. Segundo a Ansa, a polícia fez operações de busca em Florença, Ancona, Palermo, Milão e Turim.
As informações são da Associated Press e da Ansa.