Itália confisca bens e ações de Kadafi

 

A polícia tributária italiana confiscou bens milionários na Itália do falecido ditador líbio, Muammar Kadafi, que vão desde ações no clube de futebol Juventus e em diferentes empresas até uma moto Harley Davidson.

Kadafi começou a acumular o patrimônio que tinha na Itália em 1976 e chegou a ser dono de uma fortuna calculada em 1,1 bilhão de euros (cerca de R$ 2,6 bilhões).

Entre as empresas que o coronel líbio contava com participação acionária, ainda que de forma indireta, estão o Unicredit, a Fiat, a Finmeccanica e a petrolífera ENI, que liderava a exploração de petróleo em solo líbio, o que possui as maiores reservas do hidrocarboneto na África, durante seu governo.

Os bens e pacotes acionários, além de alguns terrenos, não pertenciam diretamente a Kadafi, mas a terceiras pessoas ou sociedades ligadas a ele.

Uma série de controles cruzados analisados pelo Banco Central italiano e pelo Ministério da Economia do país comprovaram que estes bens faziam parte do patrimônio de dois fundos soberanos líbios, o Libyan Investmen Authorithy (Lia) e o Lybian Arab Foreign Investment Company (Lafico), que estão nas mãos da família Kadafi.

A ordem de confisco foi emitida pelo Tribunal de Apelações de Roma, que acolheu um pedido internacional do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Said Al Islam, filho do ex-ditador, e contra o ex-chefe dos serviços secretos líbios, Abdallah Al Senussi.

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