Os dois principais líderes populistas da Itália declararam “apoio veemente” ao movimento dos “coletes amarelos”, que realiza protestos na França há quase dois meses. Luigi Di Maio e Matteo Salvini pediram que o movimento, que se manifesta contra medidas adotadas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, continue protestando nas ruas do país vizinho.

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Em um post no blog do Movimento 5 Estrelas (M5S), Luigi Di Maio pediu aos manifestantes franceses que “não desistam e continuem a luta” e pediu para que os coletes amarelos “não cedam”. De acordo com o vice-primeiro-ministro e ministro do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Políticas Sociais da Itália, as autoridades da terceira maior economia da zona do euro acompanharam os protestos na França “desde o dia em que vocês apareceram pela primeira vez, colorindo de amarelo as ruas de Paris e de outras cidades francesas. Sabemos o que anima o seu espírito e por que vocês decidiram tomar as ruas”.

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De acordo com Di Maio, tanto na França quanto na Itália, a política se tornou “surda” quanto às necessidades dos cidadãos “que foram impedidos de participar das decisões mais importantes que afetam o povo”.

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Já o também vice-premiê e ministro do Interior, Matteo Salvini, fez críticas mais diretas ao governo Macron, ao dizer que apoia “os cidadãos honestos que protestam contra um presidente que governa contra seu povo. Como outros governos, o da França pensa, sobretudo, em representar os interesses das elites, daqueles que vivem dos privilégios. O governo de Macron não está à altura das expectativas e algumas políticas implementadas são realmente perigosas, não só para os franceses, mas também para a Europa”.

As declarações dos dois líderes italianos, contudo, não foram bem recebidas pelo governo francês. Em seu perfil no Twitter, a ministra de Assuntos Europeus da França, Nathalie Loiseau, disse que seu país “tem cuidado para não dar lições à Itália. Salvini e Di Maio deveriam aprender a limpar a casa antes de falar”. Já o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, afirmou, em entrevista na TV, que os dois “deveriam cuidar da política interna italiana antes de falar sobre as questões francesas”.