mundo

Itália ameaça deixar de contribuir com a UE se imigrantes ficarem em sua costa

O senador de oposição da Itália, Davide Faraone, disse nesta sexta-feira, 24, que imigrantes resgatados por um navio da Guarda Costeira estão no início de uma greve de fome. O legislador visitou o grupo na quinta-feira, 23, a bordo do Diciotti, e disse que os funcionários do barco o informaram que “há tensão” e alguns migrantes pararam de comer diante da frustração com o governo italiano, que não os deixa desembarcar no país.

O grupo foi resgatado no Mar Mediterrâneo no dia 16 de agosto. Depois que menores e doentes foram liberados nos últimos dias, 150 migrantes continuam no navio. A maioria veio da Eritréia. Segundo o canal Sky TG24, algumas das mulheres almoçaram nesta sexta-feira, mas os homens recusaram a refeição.

O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, disse que outros países da União Europeia (UE) devem se comprometer a receber os migrantes antes que desembarquem em solo italiano.

O vice-premiê, Luigi Di Maio, ameaçou reduzir suas contribuições à UE caso o bloco não decida sobre a distribuição dos imigrantes que estão ancorados no porto de Catânia, na Sicília. Atualmente, a Itália contribui com 20 bilhões de euros por ano com os orçamentos da UE.

Em resposta, a UE advertiu a Itália para que não faça ameaças envolvendo a questão. O porta-voz da Comissão Europeia, Alexander Winterstein, disse nesta sexta que “a UE é uma comunidade de regras e opera com base em regras, não em ameaças”.

Além disso, pediu que “todas as partes envolvidas trabalhem construtivamente juntas para encontrar uma solução rápida”. (AP)

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo