Itália afirma que não bombardeará mais alvos na Líbia

A Itália insistiu hoje que seus bombardeiros e caças de combate não tomarão mais parte nos ataques aéreos à Líbia, ao afirmar que Roma já faz o suficiente em apoiar a resolução 1973 da Organização das Nações Unidas (ONU) para proteger civis líbios. Bombardeiros Tornado da Itália já atacaram posições líbias desde que a operação Aurora da Odisseia foi lançada em meados do mês passado, mas os italianos afirmam ter bombardeado apenas radares e sistemas de defesa de Kadafi.

Em 20 e 21 de março, seis caças-bombardeiros Tornado da Aeronáutica Militar Italiana decolaram da base de Trapani, na Sicília, e atacaram alvos em Tripoli e nos arredores. Tornados italianos e F-16 espanhóis também partiram para missões de bombardeio contra a Líbia, a partir de 21 e 22, da base de Decimomannu, na Sardenha.

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse a parlamentares, em uma reunião do gabinete de governo, que Roma já estava “fazendo o suficiente” como parte da coalizão internacional, citou a agência Ansa. “Levando em conta nossa posição geográfica e também nosso passado colonial, um compromisso que vá além do nosso atual engajamento não faria sentido”, afirmou Berlusconi.

O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, também descartou uma mudança de curso para a Itália, ao dizer à imprensa que a Itália “já fez o bastante”. Colegas da Itália na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), como França e Grã-Bretanha, estão pressionando os outros países a enviarem mais bombardeiros e caças para as operações de ataque a Muamar Kadafi.

Além de ter participado dos bombardeios, embora de maneira limitada, a Itália abriu ao uso dos outros países da Otan sete bases em seu território e enviou três navios, um dos quais o porta-aviões Giuseppe Garibaldi, para forçar o bloqueio naval à costa oeste da Líbia, sob controle de Kadafi. As informações são da Dow Jones.

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