O alarme antiaéreo voltou a soar hoje na capital israelense, Tel Aviv. Segundo as forças de Israel, as sirenes foram disparadas por causa de um foguete lançado por militantes palestinos da faixa de Gaza que foi interceptado pelo sistema nacional de defesa batizado de Domo de Ferro. Não houve danos nem vítimas. Em Gaza, o movimento radical islâmico Hamas reivindicou o ataque.
É a terceira vez que os militantes tentam acertar a capital desde que lançaram a chamada operação Pilar de Defesa, na quarta. Antes disso, o alarme não tocava em Tel Aviv desde a Guerra do Golfo, em 1991. A ameaça fez com que o Exército israelense adiantasse em meses o deslocamento de uma bateria antiaérea a mais para aquela região, nos últimos dias.
Outro novo alvo é a cidade de Jerusalém. Ontem, os arredores da Cidade Santa foram atingidos por um foguete palestino pela primeira vez.
O fato de essas duas grandes cidades estarem na linha de tiro do Hamas aumenta a probabilidade de o Estado judaico realizar uma invasão por terra. Dezenas de tanques já foram enviados para a fronteira, e ao menos 30 mil militares reservistas foram convocados. Até mais 45 mil poderão ser convocados, conforme determinação do gabinete do premiê Binyamin Netanyahu.
Segundo as autoridades do Hamas, ao menos 39 palestinos, sendo oito crianças, morreram desde o começo da operação israelense Pilar de Defesa, na quarta-feira. O Ministério da Saúde afirma haver 330 feridos. Do lado israelense, três militares morreram num ataque de foguete, na quinta. Hoje, quatro soldados sofreram ferimentos leves em decorrência da explosão de um foguete, em Eshkol.
Há alguns anos, os foguetes palestinos eram construídos apenas com materiais brutos contrabandeados para Gaza. Entretanto, mais recentemente, houve contrabando de mísseis mais sofisticados, de maior alcance, de fabricação iraniana e líbia, de acordo com a inteligência israelense.
O chanceler tunisiano, Rafik Abdesslem, visita a faixa de Gaza hoje, em uma demonstração de apoio ao Hamas e de denúncia ao que chamou de “agressões” por parte de Israel. Disse considerar o atual confronto inaceitável do ponto de vista do direito internacional.