Israel deu início ao processo de deportação de um grupo de ativistas pró-palestinos envolvido numa tentativa de romper o bloqueio naval imposto pelo Estado judeu à Faixa de Gaza.
Ontem, a Marinha israelense interceptou duas embarcações que levavam a bordo mais de 20 ativistas internacionais e as rebocou até um porto ao norte de Gaza. Não houve vítimas na interceptação.
Sabine Haddad, porta-voz do Ministério de Interior de Israel, disse que 22 ativistas estão sendo processados e deverão ser deportados dentro de 72 horas.
Dois gregos que participavam da flotilha voltaram para seu país neste sábado. Três jornalistas oriundos de Estados Unidos, Espanha e Egito foram libertados e receberam ordem para deixar Israel até amanhã.
O governo israelense alega que o bloqueio naval à Faixa de Gaza é essencial para impedir que o grupo islâmico Hamas, que governa o sitiado território palestino, tenha acesso a armas.
A Marinha israelense já interceptou flotilhas similares no passado, desviando-as para portos israelenses e prendendo os manifestantes. Em maio do ano passado, porém, soldados israelenses atacaram um navio que liderava uma flotilha a Gaza e mataram nove pessoas a bordo, sendo oito turcos e um turco-americano.
O incidente causou indignação internacional e obrigou Israel a aliviar um pouco o bloqueio terrestre a Gaza, imposto em 2006 e reforçado a partir do ano seguinte, com a cooperação do Egito, depois de o Hamas ter assumido o controle total do território ao repelir uma tentativa de golpe pela facção rival Fatah. As informações são da Associated Press.