Israel vai construir 1.300 casas em Jerusalém Oriental

Israel confirmou nesta sexta-feira (13) seus planos de construir mais 1.300 habitações para judeus em Jerusalém Oriental, o que provocou revoltadas declarações de protesto por parte de dirigentes palestinos, que acusam os israelenses de sabotarem um processo de paz já excessivamente conturbado. Sabine Hadad, porta-voz do Ministério de Interior de Israel, anunciou que as novas habitações serão construídas em Ramat Shlomo, um bairro ocupado por judeus ultraortodoxos, para fazer frente ao que chamou de escassez de moradia na cidade.

"Nós denunciamos firmemente esse projeto, que revela a intenção do governo israelense de destruir a paz", declarou o experiente negociador palestino Saeb Erekat.

Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam Jerusalém como capital. A cidade – sagrada para cristãos, judeus e muçulmanos – foi capturada por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias. Anos mais tarde, o governo israelense anexou a cidade e a declarou sua capital "eterna e indivisível". As iniciativas israelenses, no entanto, são rechaçadas pela comunidade internacional, que defende uma solução negociada.

Os palestinos reivindicam o setor árabe da cidade, conhecido como Jerusalém Oriental, como capital de seu futuro Estado independente e soberano. Apesar de ter-se comprometido, com base em um plano de paz, a suspender todas as atividades de colonização em terras reivindicação pelos palestinos, Israel insiste ter o direito de construir casas para judeus em Jerusalém Oriental pelo fato de ter anexado a cidade. Ao todo, cerca de 270 mil judeus vivem na Cisjordânia e 180 mil moram no setor tradicional árabe de Jerusalém.

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