O Exército de Israel anunciou hoje que planeja promover o alívio das restrições para a viagem de palestinos pela Cisjordânia. A medida parece ser a primeira de uma série de gestos solicitados pelos Estados Unidos como parte das novas conversações de paz. Negociações indiretas mediadas pelos Estados Unidos tiveram início no começo deste mês, com um enviado norte-americano conversando ora com líderes israelense, ora com palestinos.

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Autoridades palestinas dizem que o governo Obama pediu que Israel tome medidas que melhorem a confiança, dentre elas a remoção de mais postos de verificação na Cisjordânia e a libertação de prisioneiros palestinos.

Um funcionário do governo de Israel disse que o alívio das restrições está no contexto das conversações de paz. Ele não estabeleceu um prazo para a efetivação das medidas, mas pelo menos uma delas já foi colocada em prática nesta segunda-feira, com a abertura de uma estrada.

Na última década, desde o surgimento do segundo levante palestino, Israel restringiu severamente a movimentação de palestinos com centenas de obstáculos e postos de verificação, bem como com a criação de uma barreira de separação na Cisjordânia. As restrições tinham como objetivo manter distantes os militantes palestinos.

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Nos últimos meses, Israel tem facilitado a viagem de palestinos pela Cisjordânia e o anúncio desta segunda-feira assinalou um avanço nesta direção. Mas cerca de 85 bloqueios em estradas com soldados e mais de 400 obstáculos, como portões de metal e barreiras continuam instaladas, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Ceticismo

Perguntado sobre as novas medidas, o negociador palestino Saeb Erekat lembrou que Israel ainda tem de atender aos compromissos internacionais com os quais se comprometeu, como a interrupção de construção de novos assentamentos.

“Vamos ver o que acontece e então fazer nosso julgamento”, disse Erekat.

Os militares disseram que vão abrir dois segmentos de estradas da Cisjordânia para motoristas palestinos, remover 60 bloqueios e tornar mais fácil para que árabes israelenses se dirijam para cidades da Cisjordânia.

Também nesta segunda-feira, o Hamas – que controla a Faixa de Gaza – anunciou que não vai participar nas eleições municipais na Cisjordânia em julho.