O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, sugeriu nesta quinta-feira (10) que seu país está em prontidão para atacar o programa nuclear iraniano, afirmando que o Estado judeu "não hesitou no passado quando seus interesses vitais" entraram em jogo. Barak referiu-se ao bombardeio israelense a um reator nuclear em construção no Iraque.

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No mês passado, o jornal americano The New York Times publicou reportagem segundo a qual a Força Aérea israelense teria simulado um ataque aéreo a instalações nucleares da república islâmica. Esta semana, o Irã realizou manobras militares durante as quais foram testados mísseis de longo alcance capazes de atingir o território israelense.

"Israel é o país mais forte da região e já provou no passado que não hesita em agir quando seus interesses vitais estão em jogo", disse Barak durante uma reunião do Partido Trabalhista. Mas logo a seguir ele contemporizou, observando que "as reações de inimigos (…) também precisam ser levadas em consideração". Mais cedo, Israel exibiu um novo modelo de avião de espionagem qualificado por autoridades locais como uma demonstração de força em resposta aos testes de mísseis realizados pelo Irã.

Israel acusa o Irã de desenvolver em segredo um programa nuclear bélico. Teerã nega e assegura que suas usinas atômicas têm fins exclusivamente pacíficos de geração de energia elétrica. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), braço da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável por acompanhar a obediência às regras do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) por parte dos signatários do acordo, considera o programa nuclear civil do Irã dentro da legalidade.

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