O exército israelense lançou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar um grupo de cerca de 300 manifestantes palestinos que se aproximou da fronteira pelo norte de Gaza à qual o acesso é considerado “proibido” por Israel. Esta foi a maior demonstração de violência em uma série de manifestações que ocorreram nesta sexta-feira em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia para marcar o 13º aniversário do início da segunda intifada (levante) contra a ocupação israelense.

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Confrontos em Hebron, cidade bíblica onde vivem judeus ortodoxos em enclaves fortificados, são comuns. O local também abriga cerca de 170 mil palestinos. Os confrontos desta sexta-feira ocorreram após um grupo de jovens, alguns encapuzados, arremessaram pedras no posto de controle militar que protege a colônia de judeus. Os manifestantes também incendiaram latas de lixo. De acordo com autoridades palestinas, ao menos quatro palestinos feridos nos confrontos receberam tratamento médico

A segunda intifada aconteceu em setembro do ano 2000, após uma visita do então líder conservador Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. A população civil da palestina se revoltou contra a presença israelense nos territórios ocupados e em certas áreas teoricamente devolvidas à Palestina, (Faixa de Gaza e Cisjordânia).

Israel, que se retirou de Gaza em 2005, considera hostil o território administrado pelo Hamas. Os israelenses realizaram duas grandes operações militares no local em resposta a um ataque militar com foguetes nos últimos anos. A área de fronteira permaneceu calma desde a ofensiva militar israelense em novembro do ano passado.

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Os palestinos reivindicam a Cisjordânia, Jerusalém e Gaza, áreas capturadas por Israel em 1967, para a criação de um futuro Estado Palestino. Israel anexou Jerusalém Orientou à seu território em uma decisão que não foi reconhecida internacionalmente. Os palestinos tem acesso limitado na Cisjordânia, local onde vivem mais de 300 mil israelenses em assentamentos.

Embora Israel tenha retirado suas tropas e assentamentos de Gaza, os israelenses continuam mantendo controle sobre o espaço aéreo e a costa e controla rigidamente o movimento nas fronteiras com seu território.

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Os confrontos ocorrem um dia após o presidente palestino, Mahmoud Abbas, ter demonstrado interesse em retomar as negociações de paz com Israel. “Nosso objetivo é garantir um acordo permanente e abrangente e um tratado de paz entre o Estado Palestino e Israel que resolva todos os assuntos pendentes e responda à todas as perguntas, o que nos permitirá declarar oficialmente o fim do conflito e das reivindicações”, afirmou o líder palestino.

A declaração de Abbas foi feita durante Assembleia Geral da ONU, na qual ele participou pela primeira vez em nome do Estado Palestino após os 193 membros da organização terem elevado a Palestina como Estado observador no ano passado.