O governo israelense afirmou hoje que não há “apoio moral” à decisão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) de respaldar um relatório que acusa o país por crimes de guerra. As irregularidades supostamente foram cometidas durante o recente conflito na Faixa de Gaza, encerrado em janeiro.
O Ministério de Relações Exteriores de Israel informou em comunicado que muitos países ocidentais se opuseram à moção ou se abstiveram. Segundo a pasta, isso demonstra “claramente que a resolução não conta com o apoio da maioria moral” da ONU. O comunicado afirma que o documento está “fora da realidade na Terra” e que, durante o conflito, o Exército israelense demonstrou “mais normas militares e morais que todos os instigadores dessa resolução”.
Em uma votação, ontem, a Assembleia Geral aprovou com folga uma resolução pedindo que Israel e os palestinos realizem investigações sobre os supostos crimes de guerra dos dois lados, no conflito em Gaza. O organismo de 192 membros aprovou o texto com 114 votos a favor e 18 contra, com 44 abstenções e 16 países ausentes.
Israel começou em Gaza sua ofensiva contra os milicianos do Hamas com o objetivo declarado de interromper os ataques com foguetes no território israelense. No conflito morreram 13 israelenses e 1.400 palestinos.