O governo de Israel colocou nesta sexta-feira (4) as forças militares e policiais em alerta, um dia depois da violenta desocupação de um disputado edifício em Hebron. Forças do Exército foram reforçadas por todo o território da Cisjordânia. Havia perto de 500 policiais dentro e nas proximidades de Hebron, um “aumento substancial” do contingente usual, de acordo com o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.

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Nesta quinta (4), a retirada dos assentados levou a choques entre jovens que atacaram a própria polícia e também palestinos. Foram incendiados carros e residências de palestinos, em meio aos confrontos. Pelo menos 35 pessoas ficaram feridas. Segundo funcionários palestinos do setor de saúde, 17 palestinos ficaram feridos, cinco deles por disparos de armas de fogo. O incidente trouxe à tona as tensões entre o governo, os extremistas e os palestinos.

Preocupados com os possíveis distúrbios em retaliação aos ataques dos assentados, a polícia também restringiu a entrada dos fiéis muçulmanos na mesquita Al-Aqsa, de Jerusalém. Havia o temor de que a instabilidade poderia começar durante as preces. Os palestinos menores de 45 anos eram barrados, segundo Rosenfeld.

Nesta sexta, o edifício de Hebron estava vazio e era guardado por policiais. Os assentados alegam que compraram o prédio, pagando a um palestino. Os palestinos, porém, negam que essa transação tenha ocorrido. Os assentados judeus se mudaram para o local no início de 2007, sem a devida aprovação do governo israelense. No mês passado, a Suprema Corte de Israel determinou o despejo, até que uma instância inferior decida quem é o proprietário de fato do edifício. Perto de 600 assentados judeus vivem em Hebron, uma cidade de 170 mil palestinos.

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