O governo de Israel insistia hoje na continuação de obras em Jerusalém Oriental, o contestado setor árabe da cidade sagrada para cristãos judeus e muçulmanos. A insistência israelense em prosseguir com as obras na área reivindicada pelos palestinos como capital de um futuro Estado coloca em risco uma proposta norte-americana destinada a destravar as negociações de paz.

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Segundo Israel, os Estados Unidos excluíram Jerusalém Oriental do congelamento, por 90 dias, das obras em assentamentos judaicos e não haverá futuras exigências de moratória na Cisjordânia ocupada quando expirar o período.

Hoje, no entanto, um dia depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter afirmado que um acordo com os EUA era iminente, os norte-americanos ainda não haviam enviado uma carta detalhando por escrito os termos da proposta de moratória, que tem como objetivo levar os palestinos de volta à mesa de negociações.

Em Washington, uma fonte na Casa Branca comentou que EUA e Israel ainda não haviam chegado a um acordo com relação a detalhes das garantias por escrito. Segundo o funcionário, é improvável que a carta fique pronta hoje. Ele disse ainda não saber quando ela poderia ser concluída.

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Mark Regev, porta-voz de Netanyahu, não entrou em detalhes, mas assegurou que o futuro congelamento das obras não se aplicará a Jerusalém Oriental, setor árabe da cidade capturado por Israel em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.