Sirenes alertando sobre ataques aéreos soaram por Israel hoje, levando milhares de cidadãos a abrigos antibomba e a salas à prova de bala. O país realizou o maior exercício defensivo de sua história, em um momento de trocas de acusação entre Israel e o Irã por causa do programa nuclear da nação persa. A iniciativa é parte de uma operação de cinco dias. O exercício inclui simulações de ataques com foguetes e mísseis em cidades israelenses.
Israel pede ao mundo que tome uma atitude diante do programa nuclear iraniano. O país acusa o Irã de buscar armas nucleares, apesar de Teerã negar essa intenção. No entanto, as autoridades israelenses rechaçam qualquer relação entre o exercício e os atuais temores e citam o confronto com o Hezbollah, no Líbano, em 2006. Durante o conflito, o Hezbollah, apoiado pelo Irã, lançou quase 4 mil foguetes em Israel. Na ocasião, a defesa civil israelense foi vista como inadequada.
Emissoras de rádio e TV preparavam a população para o ensaio durante meses. Porém, no centro de Jerusalém, várias pessoas ignoravam as sirenes. Muitas escolas por todo o país enviaram os alunos a abrigos em prédios públicos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seus auxiliares foram para um prédio à prova de balas e o líder mandou que o gabinete realizasse uma reunião de emergência.