O governo israelense reabriu hoje a Cisjordânia e o complexo da mesquita de Al-Aqsa, considerado o mais sagrado para os judeus e o terceiro mais sagrado para os muçulmanos. Um dia antes, ocorreram em Jerusalém os piores confrontos envolvendo palestinos em anos. O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld informou que as forças permanecem em alerta, caso haja qualquer distúrbio.
“O acesso ao Templo do Monte em Jerusalém está agora livre tanto para fiéis muçulmanos quanto para turistas”, afirmou o porta-voz, usando o termo dos judeus para denominar a área. Antes, o complexo estava fechado para muçulmanos com menos de 50 anos e para todos os que não fossem muçulmanos. O ministro da Defesa, Ehud Barak, ordenou que a Cisjordânia fosse reaberta durante a madrugada, informou um porta-voz do Exército.
Israel ampliou o fechamento e restringiu o acesso ao lugar sagrado, conforme as tensões aumentaram em Jerusalém, por causa da reabertura de uma sinagoga do século XVII na Cidade Velha, algumas centenas de metros distante do complexo. O país também fechou a Cisjordânia na sexta-feira, após o anúncio de que planejava construir novas casas para assentados judeus em Jerusalém Oriental. Os palestinos querem essa área como capital de seu futuro Estado independente e o fato provocou a fúria dos palestinos e descontentamento dos Estados Unidos.
O anúncio foi feito durante visita do vice-presidente norte-americano, Joe Biden. Depois disso, palestinos disseram que não pretendem retomar as negociações indiretas de paz com os israelenses. O porta-voz da polícia afirmou que havia três mil policiais em alerta em Jerusalém, especialmente em Jerusalém Oriental. As informações são da Dow Jones.