A polícia israelense matou um adolescente palestino a tiros em Jerusalém nesta segunda-feira e deixou uma jovem ferida, após suspeitas de que a dupla teria atacado agentes com facas em incidentes separados. As vítimas supostamente tentaram agredir policiais que foram convocados à cidade para reforçar a segurança após os ataques que mataram 25 palestinos e quatro israelenses e chamaram a atenção da comunidade internacional sobre a possibilidade de um conflito armado de maior proporção na região.
No primeiro incidente, um jovem de 17 anos caminhava com as mãos nos bolsos até que agentes pediram para que ele parasse para ser vistoriado. Ele então teria tentado esfaquear o policial, mas seu uniforme o teria protegido da agressão. O parceiro atirou contra o rapaz, que morreu. Horas depois, uma palestina de 16 anos foi atingida após também ter supostamente ferido um policial com uma faca. Ela foi encaminhada para o hospital em estado de saúde moderado.
Os incidentes na segunda-feira são os últimos em uma série de atentados com facas que começou no mês passado em Jerusalém e na Cisjordânia e se estendeu a outras partes de Israel e da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou no domingo que mais mil policiais israelenses reforçariam as tropas em Israel, em um movimento que visa fortalecer a segurança na cidade, mas preocupações sobre o acesso ao Monte do Templo, um local sagrado tanto para muçulmanos quanto para judeus, suscitou discussão. Palestinos temem que as autoridades israelenses modifiquem regras para permitir maior acesso aos judeus ao local, em detrimento dos muçulmanos, mas o governo negou tal plano.
Integrantes do Fatah, o partido político do presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas, têm dito que os protestos e ataques contra israelenses não focam apenas na questão do Monte do Templo. Segundo ele, os incidentes representam a frustração de jovens palestinos vivendo sob ocupação militar. Fonte: Dow Jones Newswires.