Israel será autorizado a concluir a construção de centenas de apartamentos ainda em obras em assentamentos na Cisjordânia, mesmo se aceitar um acordo proposto pelos Estados Unidos para que o país paralise os assentamentos. A informação foi dada hoje por um diplomata com conhecimento do assunto. Os EUA pressionam Israel para renovar o congelamento dos assentamentos, que expirou em setembro, a fim de retomar as negociações de paz com os palestinos. Em troca, os EUA estão oferecendo incentivos diplomáticos e de segurança.

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De acordo com a proposta emergencial, as construções de centenas de novas casas iniciadas após o dia 26 de setembro terão de ser suspensas por 90 dias. Mas o congelamento não será aplicado aos apartamentos já em construção que foram isentos na primeira moratória, afirmou o diplomata.

As autoridades tinham fornecido anteriormente informações conflitantes sobre o destino dessas casas. “No nosso entendimento, o que foi permitido na moratória anterior pode continuar. O que não era permitido no âmbito do congelamento anterior não pode continuar”, disse o diplomata.

De acordo com o Escritório Central de Estatísticas de Israel, 2.140 apartamentos estavam em construção na Cisjordânia até o fim de junho, o último período para o qual há dados oficiais. Não está claro quantos imóveis foram concluídos desde então. Mas cerca de 800 apartamentos foram finalizados nos primeiros seis meses deste ano.

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Os palestinos não disseram se aceitarão o acordo, cujos detalhes ainda não foram discutidos com os americanos. “Assim que tivermos conhecimento dos detalhes, iremos nos reunir e ter uma resposta”, disse o negociador palestino, Saeb Erekat. As informações são da Associated Press.