O presidente Barack Obama disse nesta segunda-feira, após encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que os EUA não vão descartar a possibilidade de ação militar contra o Irã, apesar das negociações com Teerã sobre seu programa nuclear.

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Netanyahu, que elevou seus temores de o Irã usar as negociações diplomáticas para encobrir suas ambições nucleares, afirmou que se Teerã fizer isso, as sanções dos EUA precisam aumentar.

Os dois líderes também discutiam as negociações de paz no Oriente Médio e a guerra civil na Síria. O encontro de uma hora na Casa Branca ocorreu dois dias após a histórica conversa por telefone entre Obama e o novo líder iraniano, Hassan Rohani. O telefonema de 15 minutos marcou a primeira conversa direta entre líderes iranianos e dos EUA em mais de 30 anos. Obama creditou as sanções dos EUA que afetaram a economia iraniana como um dos motivos que levou Rohani à mesa de negociações.

Obama disse ser “imperativo” que o Irã não obtenha armas nucleares, o que foi bem recebido por Netanyahu. Ao mesmo tempo, Obama disse que os EUA devem testar o caminho da diplomacia que o presidente Hassan Rohani iniciou desde que tomou posse.

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Entretanto, Netanyahu fez uma advertência à sua contraparte. “Palavras conciliatórias precisam estar atreladas à ações reais”, afirmou o líder israelense, que deve discursar na Assembleia Geral da ONU na terça-feira. Obama respondeu às preocupações de Netanyahu dizendo que o Irã será julgado por suas ações não pela retórica.

Os EUA e Israel acreditam que o Irã está tentando desenvolver armas nucleares, acusação negada pelo Irã.

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Obama também elogiou Netanyahu por seus esforços de “boa fé” nas negociações com os palestinos. Os dois lados têm um “tempo limitado para garantir um acordo de paz”. Afirmou Obama. Sobre a Síria, Obama disse que os líderes estão “confiantes” que armas químicas serão removidas de Damasco. “Esses são tempos agitados e em nenhum lugar isso é mais real do que no Oriente Médio”

Obama e Netanyahu, cujas relações melhoraram nos últimos meses, não se encontravam desde março, quando Obama fez sua primeira visita à Israel como presidente.