O Exército de Israel emitiu uma ordem de detenção administrativa de seis meses contra Khalida Jarrar, líder política da Frente Popular de Libertação da Palestina, partido de esquerda. Ela foi presa na semana passada por violar uma ordem militar que restringe seu movimento na Cisjordânia.

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As prisões administrativas permitem que Israel prenda suspeitos por até seis meses sem uma acusação ou julgamento, informou Mahmoud Hassan, advogado de Jarrar. A detenção e qualquer extensão do tempo de prisão são aprovadas por um juiz, e evidências de uma suposta violação podem ser mantidas em segredo, inclusive dos advogados de defesa.

De acordo com Israel, as prisões administrativas previnem ataques de militantes. Grupos de direitos humanos afirmam que a lei humanitária internacional permite a prática em situações excepcionais – o que não é o caso de Israel, pois o país usa o método em grande escala.

O Exército prendeu a deputada na semana passada por desobedecer uma ordem que proibia sua entrada na cidade de Ramallah, na Cisjordânia. Segundo o comando, a prisão de Jarrar ocorreu “por preocupações consideráveis com a segurança da região”.

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Qaoura Fares, que advoga pelos direitos dos presos palestinos, afirmou que a prisão é um ato punitivo e político. Segundo Fares, Israel mantém 16 políticos palestinos na prisão, a maioria membros do grupo militante Hamas. Fonte: Associated Press