Israel não se desculpará pela morte de ativistas turcos

O vice-primeiro-ministro de Israel, Moshe Yaalon, disse que seu país não vai pedir desculpas pela morte de nove ativistas turcos, um deles com cidadania norte-americana, que estavam a bordo de uma flotilha que se dirigia à Faixa de Gaza no ano passado.

Yaalon disse que recentemente realizou três rodadas de negociações com os turcos, que exigem um pedido de desculpas para ajudar a reparar os laços entre os dois países. Apesar disso, o ministro afirmou que “não estamos prontos para nos desculparmos”. Por outro lado, ele disse que essa decisão pode mudar, ao dizer que “deve haver algumas discussões” entre os integrantes do gabinete.

Os ativistas tentavam romper o embargo naval à Gaza. Israel afirma que seus soldados, que invadiram o barco, abriram fogo porque os ativistas os atacaram. Os ativistas afirmam que foram atacados primeiro. Yaalon disse que um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o ataque deve defender a operação naval e o bloqueio, mas acusar Israel por uso excessivo da força.

Palestinos

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou-se para os meios de comunicação árabes numa tentativa de atrair os palestinos de volta às negociações de paz.

Uma entrevista de Netanyahu à rede de televisão Al-Arabiya reflete o nervosismo de Israel antes da Assembleia Geral da ONU em setembro, quando os palestinos vão buscar o reconhecimento de seu Estado independente com base nas fronteira pré-Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel invadiu a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental.

O escritório de Netanyahu afirmou hoje que a entrevista reflete o significado que ele atribui à opinião pública árabe. Netanyahu já respondeu perguntas de árabes anteriormente pelo YouTube, mas sua aparição na Al-Arabiya foi sua primeira entrevista à mídia árabe desde que assumiu o cargo, dois anos atrás.

Na entrevista, Netanyahu disse que “tudo está sobre a mesa”, mas deu poucos detalhes sobre seus projetos de paz. As negociações estão paralisadas desde setembro. As informações são da Associated Press.

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