Israel “jamais pedirá desculpas” pela ofensiva militar contra a Faixa de Gaza, entre o fim de 2008 e o início de 2009, afirmou hoje o presidente israelense, Shimon Peres, durante visita à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Ele ainda qualificou como “ultrajante” um recente relatório da entidade que acusa o Estado judeu de ter feito declarações falsas sobre bombardeios a instalações da ONU durante o conflito.

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Numa conversa com jornalistas depois de uma reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Peres admitiu que o Exército de seu país cometeu erros durante o conflito, mas mesmo assim disse que Israel não aceita nem ao menos “uma palavra” do relatório elaborado pelos investigadores da entidade. Ontem, Ban disse que a investigação da ONU provou que armas israelenses foram a “causa indiscutível” dos ataques a várias escolas, uma clínica médica e a sede da entidade mundial em Gaza.

Pelo menos 1.100 habitantes do território morreram durante a ofensiva de três semanas iniciada em 27 de dezembro último, segundo dados de ambos os lados. Os militares afirmam que a maioria dos mortos era de militantes, enquanto os palestinos dizem que a maioria era de civis.

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