O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta terça-feira que uma programada libertação de prisioneiros palestinos não irá ocorrer enquanto eles buscarem o que chamou de tentativa “provocadora” de se juntar a agências das Nações Unidas (ONU). Lieberman também acusou os palestinos de quebrar os termos das negociações de paz intermediadas pelos Estados Unidos, afirmando que eles devem “pagar um preço” por isso.
As declarações ocorreram depois que as negociações de paz entre israelenses e palestinos entraram na pior crise desde que o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, convenceu os dois lados no verão passado do Hemisfério Norte a retomar as negociações por nove meses. Sob os termos da negociação, Israel havia prometido libertar 104 prisioneiros palestinos de longa data em quatro grupos, enquanto os palestinos disseram que suspenderiam uma campanha para inscrever a Palestina, reconhecida pela Assembleia Geral da ONU como um Estado observador não-membro em 2012, em até 63 agências, tratados e convenções da ONU.
Mas, com a paralisação das negociações e a desistência de Israel na semana passada de libertar o quarto grupo de prisioneiros, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, assinou cartas de adesão a 15 convenções internacionais.
Lieberman disse que a última rodada de libertação de prisioneiros está fora de questão a menos que os palestinos revertam as propostas para a ONU. “Somos a favor das negociações, mas a oferta anterior de libertar prisioneiros não existe mais”, afirmou Lieberman hoje à rádio do Exército de Israel. Mohammed Ishtayeh, assessor de Abbas, disse também nesta segunda-feira que os pedidos de acesso não serão retirados, que esse passo é irreversível e que os palestinos estavam prontos para ampliar o pedido. Fonte: Associated Press.