O governo israelense reviu uma proibição que durava tempos e liberou hoje a entrada de bens de consumo na Faixa de Gaza, embora tenha mantido as restrições para o envio de materiais de construção. A redefinição das regras do bloqueio imposto sobre o território palestino ocorre às vésperas de uma viagem do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aos Estados Unidos.

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As novas regras, adotadas em resposta à pressão internacional para Israel aliviar o bloqueio depois do ataque contra uma flotilha que levava ajuda humanitária a Gaza, devem afetar em torno de 1,5 milhão de pessoas. A decisão amplia a lista de bens cuja entrada é permitida em Gaza e, segundo as autoridades, em breve será permitido o ingresso de matérias-primas para auxiliar a combalida economia de Gaza.

As fontes do governo israelense falaram sob condição de anonimato, pois a lista não foi divulgada oficialmente. Eles adiantaram, porém, que materiais de construção só entrarão em Gaza sob supervisão de Israel. O governo israelense se mantém reticente sobre esse tipo de material, por acreditar que o grupo militante palestino Hamas, que controla Gaza, use-o para a fabricação de abrigos e mísseis. Os materiais são necessários, porém, para reconstruir as zonas destruídas pela ofensiva israelense no início de 2009.

Sob as regras do bloqueio, Israel permitia a entrada de apenas algumas dezenas de tipos de produtos, incluindo remédios e alimentos. Isso fez com que os habitantes de Gaza tivessem que se acostumar a viver com poucos bens e a adquirir outros produtos por meio de contrabando feito por túneis. Segundo as fontes, porém, agora tudo será permitido, com exceção de alguns itens.

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Uma fonte próxima do assunto disse que materiais como ferro, aço, blocos de cimento, fertilizantes, produtos químicos, materiais de construção e carros transportando esses itens só entrarão no território sob coordenação do governo palestino, que controla a Cisjordânia, e de agências internacionais.

Encontro

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O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, se reuniu hoje com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Salam Fayyad, em um hotel de Jerusalém, confirmaram funcionários dos dois lados. A dupla se encontrou no Hotel Rei Davi, na véspera de uma reunião entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na Casa Branca. Funcionários palestinos insistiram que os dois não iriam discutir temas relacionados com as negociações indiretas de paz. Segundo eles, o foco é na coordenação da segurança na região.