Israel legalizou três postos avançados de colonos na Cisjordânia e tenta aprovar um outro, medida que enfureceu os palestinos. A decisão foi tomada no momento em que o enviado norte-americano para o Oriente Médio, David Hale, está na região tentando reativar os esforços de paz.
A decisão abasteceu as suspeitas de que a coalizão linha-dura do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vai tentar legalizar o maior número possível de assentamentos ilegais para cimentar a ocupação israelense nas terras que os palestinos querem para seu futuro Estado.
Netanyahu enfrenta forte pressão de linhas-duras favoráveis aos colonos de sua própria coalizão para afastar os desafios legais às construções não autorizadas. Alguns políticos chegaram até mesmo a advertir que a coalizão, que até gora tem permanecido estável, poderia se desmanchar por causa da questão.
Os palestinos querem toda a Cisjordânia e Jerusalém Oriental como o coração de seu futuro Estado e veem todos os assentamentos israelenses como invasões ilegais de suas terras. Eles se recusam a retomar as conversações de paz até a interrupção das construções.
Uma parte do governo israelense prometeu não construir mais assentamentos. Mas críticos dizem que o movimento dos colonos, que tem apoio velado do governo, usa os postos avançados para tomar mas terras na Cisjordânia.
Dezenas de grupos de casas e de casas móveis pipocam na Cisjordânia, além dos mais de 120 assentamentos autorizados.
Israel começou a colonizar a Cisjordânia e Jerusalém Oriental logo depois que ter tomado as terras na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Atualmente 500 mil judeus vivem nessas regiões. A comunidade internacional condena as construções.
A justificativa do governo israelense sobre o assunto foi de que estava “formalizando o status” de Sansana, Bruchin e Rehalim, três antigos enclaves que abrigam centenas de colonos judeus. As informações são da Associated Press