Tropas israelenses entraram em confronto hoje com palestinos que os atacavam com pedras em dois contestados locais sagrados em uma vila da Cisjordânia. Uma mulher palestina e um jovem de 14 anos ficaram seriamente feridos, disseram funcionários e testemunhas.
Em uma mesquita de Jerusalém, a Al-Aqsa, centenas de muçulmanos lançaram pedras em policiais e judeus, de acordo com a polícia israelense. A polícia antidistúrbio utilizou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para controlar a situação.
Foi um dos mais violentos confrontos no local em anos. A área é conhecida pelos judeus como Monte do Templo e, pelos muçulmanos, como Santuário Nobre. Os distúrbios desta sexta-feira foram motivados, em parte, pelo crescente ódio dos palestinos pela decisão israelense de acrescentar dois templos na Cisjordânia em sua lista de patrimônio nacional.
A decisão não tem consequências imediatas, mas os palestinos acreditam que esse é mais um sinal de que Israel quer controlar grandes áreas da Cisjordânia. Os palestinos querem a Cisjordânia e a Faixa de Gaza como integrantes de seu futuro Estado independente, com Jerusalém Oriental como a capital.
Em Gaza, 4 mil partidários do grupo militante islâmico Hamas pediram um novo levante na Cisjordânia, exortando o rival do Hamas, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, a “lançar uma resistência” contra a decisão israelense.